top of page

Desirée
Hirtenkauf

52.jpg

Nascida em Estrela, vive e trabalha em Lajeado, RS. Desirée Hirtenkauf (1965) é artista visual, e tem formação em Letras pelo Centro Universitário Univates em Lajeado, RS. Trabalha sobretudo com desenho. Filha de pai ioguslavo e mãe brasileira cresceu num ambiente artístico. De 2009 a 2016 frequentou o Atelier Livre de Porto Alegre, na oficina de desenho. Costuma nomear seus trabalhos de “desenhos literários”, em que nota-se a presença de uma multiplicidade de figuras, dentro de micronarrativas. Recentemente, expande a costura, que já aparecia sobre o papel, para superfície têxtil, em busca da espacialização do trabalho.

Começa a explorar o desenho depois de um período dedicado à pintura. Descobre na linha uma conexão mais íntima com seu trabalho, como se usasse uma lupa para examinar as narrativas cotidianas em detalhe, na intenção de acessar os aspectos mais profundos e ocultos da natureza humana. Com traços finos de nanquim passa a criar cenários para as histórias fabulares, um espaço livre do compromisso com a verdade ou a mentira, mas revelador do inconsciente. Um lugar de opostos, transitoriedade, questionamentos e, acima de tudo, liberdade.

Na sequência, integra imagens de revistas, a aguada e a costura aos trabalhos, e eventualmente, pequenos objetos começam a emergir das duas dimensões, como se os personagens estivessem ansiosos para escapar do plano.

Nos têxteis/objetos, o próprio suporte se define - é estandarte, bandeira, talvez vestível, prateleira ou bandeja. Nestas construções, personagens anteriormente costurados agora pendem de fios de contas ou se posicionam sobre estruturas de ferro. Pequenos objetos garimpados em lojas de atacado, como cavalinhos de plástico, são desviados de suas funções originais e ressignificados na narrativa. As composições são coloridas, mesclando técnicas como costura, bordado, colagem e a apropriação de objetos.

 

Os trabalhos exploram temas como envelhecimento, tempo, a memória e morte, assim como a religiosidade e crenças. Caveiras, bonecas plásticas, ratos, morcegos, cruzes e ampulhetas coexistem com botões, flores, pompons, crochês e bordados. Tudo é meticulosamente inserido no tecido, por meio da costura, em um processo longo e cuidadoso.

SOBRE

OBRAS

bottom of page